No peito só amor-próprio.

E foi assim que eu, finalmente, voltei pra única pessoa no mundo que nunca me abandonou ou desmereceu: eu mesmo. Foi desse jeito meio torto, meio bruto que eu voltei pra mim. Foi depois de me doar e me doer tanto que eu percebi que não vale à pena. Não vale porque se uma pessoa te fere mais do que te cura, isso é doença e não felicidade. É câncer e não amor. Viver de anestesias, dor e mais anestesias é sobreviver e só. Me recuso. Coração vazio e sorriso cheio, que assim seja. Os arranhões já não me doem, cada decepção eu levo como vacina. Dessa vez prometo não me abandonar, me deixar de lado ou me diminuir por ninguém nesse planeta. Se não tiver jeito, posso até me emprestar, me dividir quem sabe, mas me perder nunca mais. Agora é assim, primeiro eu. Quem não gostar das regras, não joga. Tô feliz, acredita? Olha só a irônia, fui buscar o amor e já tinha. Fui tentar ser feliz e já era. Fui tentar me encontrar e me perdi. E, que loucura, precisei me perder pra me encontrar.

Cade o Ponto? :S

Sabe aquele ponto final que vc tem que dar nas coisas que acabam
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Tarde Demais...

 
Nós podíamos ter casado. Podíamos ter comprado uma casa. Ter tido filhos. Ter levado os cachorros para passear. E se Deus achasse errado, podíamos ter mudado de nome e viver como fugitivos para que Ele nunca mais nos encontrasse. Nós podíamos ter sido felizes. Ter sido o sonho um do outro. Podíamos ter trocado presentes no natal. Podíamos ter sido almas gêmeas. Podíamos ter construído um castelo na areia para gente morar. Podíamos ter tatuado nossos nomes no tronco de uma árvore. Podíamos ter adormecido um no braço do outro vendo o sol mergulhar no mar. Mas você preferiu jogar meu amor fora ao invés disso. E depois, enjoado da solidão, quis reciclar. Tarde demais, meu ex-amor. O lixeiro já havia passado.

Meu Relogio.


Vai ficar tudo bem amanhã, você disse antes de ir. Quanto tempo falta para amanhã? Eu perguntei. Você não respondeu. A pergunta ficou ecoando na sala vazia. Adiantei então os ponteiros do relógio esperando que o tempo lá fora me obedecesse. Mas o tempo parecia me ignorar. Alheio a minha dor. Tomei alguns remédios para conseguir dormir para que o amanhã chegasse mais rápido. Acordei com a sensação, entretanto, de estar acordando no mesmo dia. Meu relógio biológico e o relógio do meu criado-mudo nunca mais se entenderam desde então. E durante os quatro anos seguintes eu acordei sempre no mesmo dia. Foi preciso que quatro anos se passassem para que meu amanhã finalmente pudesse chegar. Mas uma hora ele sempre chega. O meu chegou. E foi recebido com um sorriso cheio de poeira no rosto e um abraço cansado de tanto esperar aberto. Mas como desculpa pela demora, ele trouxe meu coração de volta. E eu então pude voltar a me amar.

A TRAGÉDIA DA BOATE KISS.

Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de tanta morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrizou da manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso. Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.

As palavras perderam o sentido.

Diga Não a Raiva.

Eu cresci com aquele negócio que sentir raiva é feio. FEIO, NADA! É humano, é natural. Feio é o que você pode fazer com sua raiva. Feio é você fingir que nada aconteceu e engolir o que não pode (e não quer) ficar dentro. Raiva adoece. Raiva mata. Mas quando a gente coloca a raiva para fora - aí que entra a inteligência da coisa - você deixa a casa livre. LIVRE PARA ENTRAR COISAS BOAS. LIVRE PARA ENTRAR AMOR.

Por isso, num mundo onde principalmente nós, seres humanos, fomos acostumadas a engolir nossas raivas, um conselho que ando seguindo à risca: bote para fora. Nem que seja em uma carta que ninguém vá ler.

Todo mundo tem seu lado sombrio e dar as mãos à ele é - ao meu ver - a melhor forma de continuarmos saudáveis por dentro. E por fora.

Um brinde à nossa raiva que se vai! E a todo amor que sempre vem! 

Eis um ultimo fato: Entender (e aceitar) nossas fraquezas é o grande barato da vida!

Extremismo.

 
Eu não desisto, eu me canso. Tenho essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. E eu pago mesmo. Pago caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’! Eu completo o percurso e ás vezes fico até andando em círculos, mas quando mudo de caminho, meu amigo, é fim de jogo!

Cara ou Coroa?

Sim, ele era encrenca, das boas.
Eu sabia o que estava fazendo, e ele também!
Estávamos fazendo uma coisa errada.
Mas gostei da luz, dos olhos dele. Gostei que estava me encantando, gostei de não poder me encantar e mesmo assim estar me encantando.

Era Uma Vez, Principe.

Quem é coroado Principe, será para sempre Principe. Mas não podemos seguir o mesmo caminho duas vezes. Na verdade, não devemos fazer coisa alguma para voltar ao passado. O passado acontece. Quando menos esperamos, pode acontecer.

Vai! (só comigo)

Fica.
Fica antes do clarear, antes do escurecer eterno.
Fica antes do cigarro vagabundo apagar, antes do café esfriar.
Fica sem rima, sem métrica. 
Fica que eu colo seu coração. Fica para aliviar minha oração.
Fica antes que eu me jogue no próximo ônibus, assalte o próximo banco.
Fica e foda-se a opinião alheia, fica a vida inteira.
Se não, vá! Mas me leva junto, amor.

Achei Que "bem-me-quer", Mais Parece Que "mal-me-quer".

Ele se importava...
E por ele assim se importar, ninguém se importava com ele.
Então chegou o dia em que ele passou a não mais se importar. Deixou de brigar, deixou de dramatizar, deixou de ligar, deixou de insistir, deixou de correr atrás, deixou de cobrar...
Só não deixou de pensar, e talvez esperar porque isso ele não sabia fazer.
Dali em diante as coisas passaram a ser mais leves, quase que imperceptíveis diante de tudo. A coisa é que ninguém notou que ele mudou. Talvez porque a mudança tenha sido interna, mas além de se sentir diferente ele agia de outra forma, de uma que era de qualquer outra pessoa menos sua.
 
Mas assim era mais leve.
 
Chegam momentos na vida das pessoas que elas não percebem que tem de parar de se importar com devidas coisas porque estas já não lhe servem mais daquela forma, não se encaixam mais.
É muito difícil abrir mão daquilo que nos acostumamos tanto, mas problema maior ainda é conseguir simplesmente deixar essas coisas irem.

Seja Livre. Seja uó!

 A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda, visceral.
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a urgência para as horas em que ela é inevitável: mortes, separa
ções, dores.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos.
Ignore o que o boçal do seu chefe proferiu.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, objetivos claramente traçados, mas não consegue rir quando tropeça?
Que sabe resolver uma crise familiar mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… A realidade já é dura; piora se for densa. Dura e densa, ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço.
Solte pipa!!!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, beliscar o bumbum da mulher, e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir…
Bom mesmo é ter o problema na cabeça, o sorriso na boca e paz no coração!!!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um pão doce bem gostoso na café da manhã…
Tenha um dia perfeito, uma vida linda e nunca deixe de ser criança…


(Arnaldo Jabor)

Verdadeiro.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chopp é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário, quando se vê de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Nessas horas é que se vê o verdadeiro amor, aquele que é companheiro, que quer o bem acima de qualquer coisa. E é esse o amor que dura pra sempre. Na verdade esse é o único que pode ser chamado de amor!

(Pedro Bial)

EU TE AMO PELOS PROXIMOS MIL ANOS.

Meu peito amargurado finalmente encontrou descanso quando você voltou com toda tua intensidade de sentimentos esmagando-me com eles, enquanto teve que lidar com os meus que estavam frios e desordenados, me deu a mão e prometeu que jamais a soltaria.

Prendeu-me em teu sorriso e eu fiz de teu abraço minha morada. Guardo comigo teu cheiro e o gosto dos teus lábios, guardo tuas palavras que me acalmam o coração quando dou meus “ataques”, dou risada de quando você me puxa sério e reclama de quando eu falo um palavrão.

Tuas crises de ciúmes? Elas me irritam e me fazem querer esmurrá-lo, mas depois as vejo como declarações mais que explicitas.

As vezes eu paro e penso que amor não é nem metade do que eu sinto, que meus beijos e abraços não são suficientes, tenho a sensação de que ainda me falta muito e que minhas imperfeições no fundo tiram eu e você do sério, mas são justamente elas que me fazem encaixar perfeitamente em você, meu desapego em teu apego, minha imaturidade com tua vontade de gente grande, meu jeito de “deixo pra depois” com sua responsabilidade, meu jeito desleixado com esse teu certinho, sei que você adora quando deixo meu cabelo arrumadinho, mas não se segura e o bagunça inteiro, sei que você se faz de forte e de “machão” na maior parte do tempo, mas só quer carinho e atenção. Viu?

Conheço mais a ti do que a mim mesmo. Me tornei um viciado em você, como se a existência perdesse a graça e a cor quando você não está perto.

A palavra “amor” só faz sentindo acompanhada do teu nome, acompanhada dos teus afagos. Já deixei de ser meu e a muito tempo sou só teu.

Perto de você a minha fé nunca morre.