The End.

Bom, tamos aí novamente.
Após centenas de cigarros (sim, voltei a fumar), bom humor fenomenal, reencontro e viagem marcante, acho que as coisas voltaram aos conformes, ou seja, correria, amigos, cuidar do corpo, beber e ... (Ok, prometi não dizer nada aqui).

Agora que dei um tapa na cara da realidade e voltei pra Uber, me sinto meio deprê, e com isso percebi várias coisas.
Primeiro, que as pessoas tendem a ficar meio dramáticas com você. Tirando os amigos, que falam na sua cara "Você tá um saco!" e pronto, o resto te trata como um Down. O que é um exagero. Afinal, tudo o que você quer é ficar na sua.

Daí ficam te falando que a vida é assim mesmo (boring), que tem altos e baixos (boring-reloaded) e que um psicóloga poderia me ajudar (boring-revolutions). Ah, fala sério! Tenho lugar mais bacana pra investir meu dinheiro. E te digo, nada como uma Brahma pra mudar meu astral.

Nesse período negro, cê também pode aproveitar pra fazer tudo que não fazia por ser um cara bom. Tipo mandar aquela pessoa querida ir tomar no cu (bem baixinho, só pra ele ouvir), ou dizer o que pensa sobre gente esnobe (bem alto, pra todo mundo ouvir). Afinal, estar deprimido é um álibi tão forte quanto ter nascido pobre e poder sair matando todo mundo por aí por causa disso. Pronto, falei!

A real é que uma deprê é um paradoxo. Pois ela existe, mais também é fruto da sua mente. Portanto, atenção rapaz: curtir uma deprezinha é válido (se estiver friozinho é até tendência) mais cabe a você por um ponto final.

Afinal, viver em standby com a galera que nos cerca é mais ou menos assim: enquanto cê tá indo, todo mundo tá voltando... E junto com eles levando seu... (droga, prometi nao falar), seu emprego, seus amigos e o que resta da sua dignidade.

Eis um ultimo fato: Let's move it along. You can find me, if you ever want again.

Felicidade?

Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
O cientista: "Ainda será descoberta."
O místico: "Está escrito nas estrelas."
O político: "Poder"
A igreja: "Sem tristeza? Impossível... (Amém)"

O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!

(O Teatro Magico)

Pré-Ocupação.

Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. Teus rastros ficaram por lá. O balançar de teus cabelos e esse teu jeito meio atacado de ser. Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o frio que está fazendo neste inverno, tome pelo menos uns três copos d'agua ao dia para não se resfriar, e pense em mim, estou com frio também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu jeans branco, óculos escuros e coração pulsando forte; e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.

(Caio F.)

És tu.

Sim, sinto uns batimentos estranhos, aqui, bem dentro de mim. Não sei se de uma arritmia se trata. Não sei. Antes soubesse. Antes soubesse que quem bate cá por dentro és tu. (És tu?) Que não é o coração, que não é o desespero do estômago vazio, que não é a tensão arterial ao rubro. Mas a que porta me estão a bater? Na porta da razão, não! Nessa não, por favor. Tranquem-na! Tranquem-na a sete chaves! Que o cão de duas cabeças lhe faça guarda! Na porta do sentir? Talvez... Pode ser... Recebo sempre tantas visitas por aí! Na porta do coração? Não creio... Essa está permanentemente aberta. Alguém roubou a chave de uma porta sem fechadura, sem porta, sem chave. (Perceberam?) Na realidade, o coração não tem portas, não tem entradas, nem saídas institucionais. Muito menos de emergência. É o salve-se quem puder... Tem brechas, tem falhas, tem rupturas. E os habilidosos sabem! E como sabem! (E como o sabes, não é?) E eu pergunto-me, se este estremecimento que sinto, é o bater das portas arrombadas do meu ser, ao sabor do sentido proibido, ou se me estão a fechar as rupturas, a tapar as brechas... Do coração. (Chamaram a construção civil, e nada disseram?) Se me reparem as falhas destas minhas finas paredes... Só me resta colocar um letreiro a dizer: usado, mas nunca o suficiente como hoje!

Eis um ultimo fato: Tragam martelos, pregos e berbequins... Não gosto nada de paredes uniformes, por muito finas e frágeis que sejam ou pareçam. Se é para romper, quero que rache bem até ao fundo!

Mas voltando ao início, diz-me: és tu ou não, que me bates cá dentro?
Sim, és tu, és único e surpreendente.
És tu.

Efeito Animal.

Tava no trabalho indo pegar um café quando senti um cheiro animal. Comentei com uma colega, que fez cara de riso e disse baixinho - "Não comenta, você não sabe o que é isso?"

Então me apontou um canto onde um cara trabalhava tranquilamente. Fiquei olhando sem entender e ela completou - "Pois é, esse cara não usa desodorante porque acha que isso é coisa de viado."

Achei tão surreal que morri de rir. Mas o pior é quando soube que o Sr. Gambá era casado. E me perguntei - "Que mulher é essa que casa com um cara que fede assim?"

Imagina as partes onde não bate sol?

E no almoço, enquanto dava um role pela city, comprei um desodorante pra macho (avanço), fiz uma embalagem pra macho (de jornal) e deixei na mesa do macho com um bilhete: Use-me!

Afinal, trabalhar com um brucutu em pleno século 21 até vai, mas aguentar aquele cheiro dele, é ruim hein?

Tenso, heim?!

Quando estamos bem, a gente se enche de boas intenções e quer perdoar tudo que nos entristeceu no passado.
Uma pessoa que você gostava muito e que inventou uma desculpa esdrúxula pra não ir ao seu aniversário. Ou aquele que entrou na sua casa e roubou algo seu por achar que você merecia uma lição (?). Ou aquela pessoa que não te tratou legal quando você estava pra baixo...
Coisas bestas. Mas que calaram fundo e que dentro dos seus códigos morais não se faz. E que você devia perdoar. Mas não vai. Pois se esses que feriram você não são perfeitos, você também não o é. E ponto.
E dentro da nossa imperfeição humana, só de não dar o troco que essas pessoas merecem, já está de bom tamanho. Mas atenção, nada de levar seu ódio por aí feito mochila. Odiar envelhece. Deve-se apenas esquecer.
Até porque, se tem alguma coisa que eu acredito, é que as pessoas no momento em que decidem fazer algo pra chatear as outras, abrem mão de aprender alguma coisa sobre o que é ser humano... Coisa que a vida (e não nós) cedo ou tarde vai cobrar e ensinar.

...não solta da minha mão.

Você colocou sua mão na minha. Eu estava tremendo por dentro, mas queria ficar sentado com você e deixar todo o mundo para trás.
Gosto da voz rouca de bom dia, o toque das mãos escondido no elevador, dos joelhos juntos por baixo da mesa, do beijo sem pressa, das horas de conversa sem olhar o celular. Gosto de saber planos inconfessáveis, manias solitárias e de uma bobagem qualquer que me faça rir sem maneirar o tom. Gosto de sair feliz nos dias cinzas, de caprichar na roupa em plena terça...

Almoçando sozinho sem drama.

Tem gente que tem horror de almoçar sozinho. Claro que almoçar uma salada sem graça conversando com alguém bom de papo é bem menos doloroso. Mas você há de concordar que existem dias onde o ditado 'antes só que mal acompanhado' faz todo o sentido. Esse dia, pra mim, converge nas quintas, quando acontece o fenômeno análise.

Sim, todos os meus amigos fazem análise nesse dia da semana (mesmo que bebendo depois da faculdade em algum lugar), não me pergunte por que! E como eu não faço, além de ser menos resolvido ainda fico sem companhia para dividir uma boa macarronada. É aí que surgem os convites para os almoços de empresa: aqueles com mesas de vinte pessoas onde o papo gira 100% em torno do trabalho. Juro que eu tento, tento, mas não consigo ir.

Já cheguei a combinar várias vezes. Mas no meio do caminho uma força maior me guia pra outro lugar. Onde como solitariamente, porém feliz. O efeito colateral é você passar ser visto como um tipo de abandonado do meio-dia. Mas você por acaso quer ser deputado? Pois nem eu!

Mas almoçar sozinho pede certos cuidados. comprar uma revista legal é básico. Se for no Mercado Municipal, compra duas, porque demora que é uma beleza. Levar uns óculos escuros pra dar o ar misterioso e fumar um cigarrinho, também dá. Mas como parei com a nicotina, pulo essa dica.

Por isso não tenha medo, se não tiver companhia, encha-se de confiança e vá almoçar sozinho sim senhor. Afinal, se você não tiver paciência de almoçar na companhia de você mesmo, quem terá?

Eis um ultimo fato: Na falta de alguém pra te passar o sal, a gente usa a pimenta mesmo.

Pra Ser Sincero.

Pra ser sincero eu não espero de você
Mais do que educação,
Beijo sem paixão,
Crime sem castigo,
Aperto de mãos,
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero eu não espero que você
Minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.

Pra ser sincero eu não espero de você
Mais do que educação,
Beijo sem paixão,
Crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo

Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre
Talvez a gente encontre explicação

Um dia desses
Num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero, prazer em vê-la
Até mais...

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.

(Engenheiros do Hawaii)

Vencendo o medo do vestiário.

Você entra no recinto. De um lado, um gordinho peludo desfila pelado. Do outro, um hedonista faz o lânguido. Ao fundo, um gay tenta olhar seu pinto. E você pensa: estarei eu num pesadelo ou numa peça do Zé Celso Martinez Corrêa?

Nenhum dos dois colega, provavelmente você estará adentrando em mais um estranho e complexo estabelecimento que faz parte da nossa vida adulta: o vestiário da academia. Sair correndo? Nem pensar, você venceu desafios maiores que esse (tipo exame médico do serviço militar), então chegou a hora de você vencer mais esse.

Pra começo de conversa, ignore os exibicionistas. Num lugar onde hedonismo é dogma é normal encontrar gente errada que se acha linda, mas parece uma obra do Francis Bacon. Evite olhar e fique na sua. Se for chorar de nervoso se tranque no banheiro.

Não estranhe se alguém pedir seu desodorante, hidratante e tals. Desde do advento do metrosexual, pedir emprestado pro colega pode. Já ficar em pleno vestiário discutindo qual a melhor marca, é demais. Controle-se.

Gays e academia é tipo all-star e roqueiro indie. Um não vive sem o outro. Se você desconfia que aquele cara de shortinho agarrado quer divir muito mais que o supino com você, use o espelho. Se você for bonitinho, capaz de você estar certo. Se você for feio, relaxa que ele está apenas sendo simpático.

Por fim, não tenha vergonha de tirar a roupa na frente daquele bando de fortões só porque você não tem um corpo de Adonis. Até porque, como disse o Simão, de que adianta uma barriga tanquinho se a torneira é pequena?

Eis um ultimo fato: Se cair o sabonete, deixa...

Porque a gente é assim?

Dirigindo num sábado à noite a gente canta alto que 'a noite nunca tem fim, porque que a gente é assim?' Mas a noite acaba sim. O fato é que numa cidade que não pára nunca como Uber, tem sempre outra festa rolando. Ou um chill-out. Ou um churrasco. Ou um petit comitê (que é uma festinha de gente fina). E a gente, que tá na pilha, vai.

E quando vê, tá dançando ao nascer do sol na piscina da casa de alguém, tomando José Cuervo ao invés de café da manhã. E como você chegou ali de pára quedas, também brinca de adivinhar quem é o dono da festa.

Não que a gente goste de ficar sem dormir. A questão é que melhor que dormir é beijar. E quando a gente está beijando uma pessoa que acabou de conhecer e quando ela quer ir pra outro lugar (festa, comício, jogo do Paysandu), sim, a gente vai. E nem reclama que tá com fome, ou que só tem gente muita estranha no local, nem de nada.

E quando o dia ameaça acabar e você tá até a tampa de Tequila, droguinhas leves (HAHA mentira!), muito beijo na boca e com a cara do Zé Serra, vai embora achando que o dia podia ter mais que 24 horas. Ou que você podia ter sido mais interessante. Ou que essa historinha poderia ser algo a mais que uma noite. E um monte de outros poréns, que no fim das contas vão ser esquecidos assim que você deitar a cabeça do travesseiro.

Mas fazer o que se a gente é assim?

Eis um ultimo fato: Quem disse que a mistura está no sangue do Brasileiro não era cientista. Era barman!

Bumerangue Emocional.

Tem gente que bebe, tem gente que usa droga, tem gente que faz sexo. E assim como existem os que passam dos limites na bebida e nas drogas, essa tendência anda se confirmando também no sexo.

Entre os amigos solteiros se tornou comum as historias de sexo fácil, rápido e promíscuo, intercaladas entre saídas que começam a partir de quarta e acabam só na segunda. Enfim, coisas da noite.

Veja bem, sou do tipo que acha sexo igual ao cinema francês, ou seja, mesmo quando é ruim, é bom. Só acho que banalizar algo que, bem ou mal, está ligado a emoções tão a flor da pele, tem seu trunfo pobre.

Quando se é jovem, bonito, loiro e japinha, é natural descontar frustrações de uma nada-fácil vida, lapidando o ego com conquistas baratas e sexo a rodo. O foda é acordar no outro dia e ver tudo igual, ou pior. E colega, quando se está fragilizado, esse bumerangue emocional faz cada estrago...

Há quem consiga conviver bem com esse dilema, entrar num chuveiro quente e deixar tudo ir pelo ralo. Já outros, levam de acessório para o trabalho, almoço e faculdade, aquele vazio que tudo o que é feito sistematicamente dá. Até, claro, outra balada, outra alcova e mais uma noite de sexo fútil.

Acelerado.

Sim, você, enquanto jovem, lindo, loiro, forte, solteiro e saudável, não pretende ficar em casa numa sexta. E sai na noite com os amigos acelerados. A balada vira mega. E termina na manhã de sábado, com você num antro de pitboys, chamado Clube A.

Dia seguinte, programação seguinte. Uber city bombado com noite mais bombada ainda. Prevenido, você leva o Ray Ban. E vê o dia nascer feliz, sentado na beira de uma piscina com belas companhias.

Esse é o saldo positivo do final de semana.

Mas, rememorando, esse final de semana é o mesmo dos últimos 8 anteriores. E você se pergunta se não está passando um pouco dos limites. E para pra pensar que essa rotina de fim de semana, o que tem de divertida, tem de perigosa.

Eis um ultimo fato: A verdade é que quando a gente acelera, nem sempre curte a paisagem.

Vida longa ao sexo.

Esse post é proibido para menores de 18 anos.

Não quero influenciar ninguém com minha tese "Vida longa ao sexo". Sim, admito: amo sexo. Não vivo sem. E tirando a Paula, não conheço ninguém que goste mais que eu.
E o Papa (que é um fofo) que me perdoe, mas também não pratico só para fins reprodutivos. Até porque, nem toda a ciência do mundo descobriu um jeito de fazer minha categoria reproduzir. E olha que não é por falta de tentativa.
Isso não é um desabafo sem fundamento. Ando cansado de ser chamado de galinha pelas pombinhas virgens de Calcutá. E mesmo com minha cara de pau (no sentido figurado, por favor) não consigo ficar menos passado quando ouço aquele papo que 'ah, só faço sexo com amor'. Fala sério!
Claro, poderia argumentar que estamos em pleno século 21 e tal, mas não tenho mais saco. Ou melhor, tenho. Por isso mesmo, não perco meu tempo com quem finge que não tem. E ao invés de gastar saliva, peço logo outra taça. E mudo o assunto. De preferência, com alguém que viva em 2011.
Portanto, cuidado comigo. Pois como diriam as pombinhas virgens, posso estar a sua espreita, esperando para te seduzir e levar para minha alcova.
Agora, se você é uma pombinha virgem, vale lembrar que o mundo tá mudando, viu. Tirando o Oriente Médio e afins, onde sua virgindade ainda é supervalorizada. E quando você casar, com algum saudita gordo e bigodudo, ele vai te comer e mostrar para família o lençol branco. Com todo o amor, é claro.

Tudo que vai, volta.

Havia uma época em que eu achava que você fazia tudo certo, nada de mentira, nada de erros, mais eu devia estar louco.
Então quando eu penso na época em que eu quase te amei, você mostrou que é um idiota e eu vi quem você era de verdade!
Graças a Deus que você estragou tudo. Graças a Deus eu me desviei da bala.
Já superei você, então, meu bem, é melhor cair fora!

Eu queria tanto ficar com você, mas não sinto mais isso. Porque, sério, você acabou sendo a melhor coisa que eu nunca tive, e eu sempre serei a melhor coisa que você sempre teve. (Aposto que é uma droga estar no seu lugar agora.)

É tão triste. Você está mal, você esperava que eu fosse me importar, mais você não merece as minhas lágrimas (acho que é por isso que elas não estão aqui).

Eu sei que você me quer de volta. Está na hora de encarar os fatos, pois foi eu quem fui embora.
Só Deus sabe que seria preciso outro lugar, outra época, outro mundo, outra vida...

Graças a Deus eu encontrei o bem indo embora.


(Kenny Edmonds, Antonio Dixon, Knowles, Patrick Smith, S. Taylor, Larry Griffin, Jr, Caleb McCampbell)

Dou Mole.

Maria vinha na quebrada. Celular na mão, bolsa no braço, Louboutin no pé e nada na cabeça. Tomou um pescotapa na esquina e ficou só com os sapatos (a única coisa realmente de valor). Mas podia ter evitado o susto se não tivesse dado mole.

Zeca morou fora. Caminhava pela rua como se caminhasse pelo Parque. Trombou numa bike e acabou caminhando mesmo pro hospital.

Lucão é cheio de razão, de ternos, de tiques nervosos e de pressa. Numas, meteu o pé na faixa antes de sinal abrir. Hoje, além de tudo o que ele já tem, também tem um gesso na perna.

Moral das história, o mundo está um caos, as cidades violentas e as pessoas cada vez mais malucas.
Se for pra dar mole que seja pra paquera da cidade vizinha, que mesmo perdendo você sai ganhando.

O Primeiro Pé.

O primeiro pé na bunda a gente nunca esquece. Bom, o último menos ainda… Mas o primeiro é aquele que vem com ares filosóficos, quando você realiza que não pode tudo.

Porque quando a gente é novo acha que pode tudo. E não pode. Pode bastante, mas não tudo. E não poder tudo te ensina a ter consideração por aqueles que podem menos ainda. Tipo ter você.

Sim meu caro, você pode não acreditar mas tem gente nesse mundo te querendo. Ou melhor, tinha, antes de você virar militante, frequentar o baixo nível e declamar poemas do Pessoa (sem ninguém pedir, que fique claro!).

Na real, nada deixa a gente mais Down do que uma rejeição. Pior ainda são aqueles "melhores" amigos que tentam fazer você tirar disso um aprendizado, te levar pra balada e te convencer a partir pra outra. Ah, senta lá Claudia!

Se isso te acontecer manda a balada pra merda e arrume um bom corpo pra esfregar na cara de quem te rejeitou. Você pode não ter tudo, mas nessa hora, se você tiver só este momento, vai tá de bom tamanho. Palavra de escoteiro.