O tempo não pára.

Disparo contra o sol. Sou forte. Sou por acaso.
Com a minha metralhadora cheia de mágoas, eu sou o cara.
Cansado de correr na direção contraria, sem pódio de chegada ou beijos de namorada, eu sou mais um cara.

Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados...
Porque o tempo, o tempo não pára.

Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão, da caridade de quem me detesta.

Eu não tenho data pra comemorar, as vezes os meus dias são de bar em bar, procurando agulha em um palheiro.
Nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor se escolhe: é matar ou morrer.
E assim nos tornamos brasileiros.

(Cazuza)

Nenhum comentário:

Postar um comentário