Felicidade.

Volta e meia a gente ouve que tal pessoa era feliz e não sabia. E fica pensando na coitadinha, descrente da própria felicidade. Mas e você, já foi no espelho se perguntar se é feliz? Porque a gente, urbanóide, jura de pé junto que a vida tá uma bosta.

Mas não seria isso supervalorizar este nosso lado pobrezinho de mim? Tudo bem. Tempo falta, dinheiro falta, sinceridade falta, fazer amor de madrugada em cima da pia e embaixo da escada, falta. E problema? Este sobra.

Mas vai dizer que você não tem orgulho de chegar em casa, jogar o tênis para um lado, o corpo para o outro, exausto sim, mas ciente de ser dono do próprio destino? Que se chegou até aqui, chega onde quiser?

Isso não é felicidade? Preguiça de quem acha a grama do vizinho sempre mais verde!

Porque a felicidade, às vezes, pode estar bem pertinho. Só que a gente, no carão, não olha pro lado para perceber. Felicidade é bem mais simples do que a gente pensa. Ver graça na vida. Acreditar no maravilhoso.

O que não significa que a gente seja idiota. Peralá, alguns anos de praia. O que rola é que, tão importante quando sonhar, é sonhar sem jamais perder a capacidade de assombro. Porque no balanço das horas pode não acontecer nada. Ou acontecer tudo.

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