Menininha.

Cedo ou tarde todo homem fica cara a cara com seu lado menininha.
Nada a ver com a sua vida sexual. Mas sim quando a vida desabrocha um viés diferente do que a gente tinha até então. Um dia você acorda e pá, o pôr-do-sol está mais bonito, as pessoas estão mais óbvias, e as músicas do Chico e Caetano Veloso fazem sentido.
Mas, claro, você fica na sua, pois corre um grande perigo de seus colegas de bar gritarem em sincronia: "menininha, menininha..."

Sem querer desmerecer você que tem menos de vinte e cinco anos, isso costuma acontecer quando se tem uma certa bagagem. No caso um currículo com alguma desilusão, um ou outro amor cafona e muitos momentos de alegria plena.

É a vida te dobrando. E você, que só chorava com perda de membro (da família ou do corpo), chora. E porque? Porque o filme era lindo, porque a música estava vibrante, ou porque aquele momento foi mais forte que qualquer barreira psicologicamente bem construída pudesse suportar.

ME-NI-NI-NHA.

Momentos menininha são bonitinhos, mas são um saco. Ainda mais para você, que não acha fofo nem filhote de coala. Mas acontece. E, pior, uma vez instalado o plug-in, volta e meia a gente clica duas vezes. Mas não tem nada de mal nisso, faz parte do viver.

Eis um ultimo fato: Só não vai me comprar uma fita vermelha pro cabelo!

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