Porque a gente é assim?

Dirigindo num sábado à noite a gente canta alto que 'a noite nunca tem fim, porque que a gente é assim?' Mas a noite acaba sim. O fato é que numa cidade que não pára nunca como Uber, tem sempre outra festa rolando. Ou um chill-out. Ou um churrasco. Ou um petit comitê (que é uma festinha de gente fina). E a gente, que tá na pilha, vai.

E quando vê, tá dançando ao nascer do sol na piscina da casa de alguém, tomando José Cuervo ao invés de café da manhã. E como você chegou ali de pára quedas, também brinca de adivinhar quem é o dono da festa.

Não que a gente goste de ficar sem dormir. A questão é que melhor que dormir é beijar. E quando a gente está beijando uma pessoa que acabou de conhecer e quando ela quer ir pra outro lugar (festa, comício, jogo do Paysandu), sim, a gente vai. E nem reclama que tá com fome, ou que só tem gente muita estranha no local, nem de nada.

E quando o dia ameaça acabar e você tá até a tampa de Tequila, droguinhas leves (HAHA mentira!), muito beijo na boca e com a cara do Zé Serra, vai embora achando que o dia podia ter mais que 24 horas. Ou que você podia ter sido mais interessante. Ou que essa historinha poderia ser algo a mais que uma noite. E um monte de outros poréns, que no fim das contas vão ser esquecidos assim que você deitar a cabeça do travesseiro.

Mas fazer o que se a gente é assim?

Eis um ultimo fato: Quem disse que a mistura está no sangue do Brasileiro não era cientista. Era barman!

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