Vencendo o medo do vestiário.

Você entra no recinto. De um lado, um gordinho peludo desfila pelado. Do outro, um hedonista faz o lânguido. Ao fundo, um gay tenta olhar seu pinto. E você pensa: estarei eu num pesadelo ou numa peça do Zé Celso Martinez Corrêa?

Nenhum dos dois colega, provavelmente você estará adentrando em mais um estranho e complexo estabelecimento que faz parte da nossa vida adulta: o vestiário da academia. Sair correndo? Nem pensar, você venceu desafios maiores que esse (tipo exame médico do serviço militar), então chegou a hora de você vencer mais esse.

Pra começo de conversa, ignore os exibicionistas. Num lugar onde hedonismo é dogma é normal encontrar gente errada que se acha linda, mas parece uma obra do Francis Bacon. Evite olhar e fique na sua. Se for chorar de nervoso se tranque no banheiro.

Não estranhe se alguém pedir seu desodorante, hidratante e tals. Desde do advento do metrosexual, pedir emprestado pro colega pode. Já ficar em pleno vestiário discutindo qual a melhor marca, é demais. Controle-se.

Gays e academia é tipo all-star e roqueiro indie. Um não vive sem o outro. Se você desconfia que aquele cara de shortinho agarrado quer divir muito mais que o supino com você, use o espelho. Se você for bonitinho, capaz de você estar certo. Se você for feio, relaxa que ele está apenas sendo simpático.

Por fim, não tenha vergonha de tirar a roupa na frente daquele bando de fortões só porque você não tem um corpo de Adonis. Até porque, como disse o Simão, de que adianta uma barriga tanquinho se a torneira é pequena?

Eis um ultimo fato: Se cair o sabonete, deixa...

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