Garoto Prendado.

Como percebi que ser escritor não necessariamente me trouxe uma pessoa para a vida toda, decidi que preciso atribuir novas características à minha pessoa. Afinal, ferômonios não estão me ajudando muito.
Tá certo, não adianta mesmo ficar parado esperando que uma pessoa venha correndo e diga: “Leandro, eu sou toda sua, faça o que você quiser e mais um pouco”. Sem chance. O negócio é investir nos meus atributos mesmo e esperar.
Uma hora há de dar certo.

De todo modo, o que quero dizer é que estou tentando me conciliar com algumas tarefas outrora inimagináveis, como tarefas domésticas, por exemplo.
Tipo cozinhar. Tudo bem, eu sei, isso soa até como heresia para um macho como eu (e que Edu Guedes me perdoe!), mas alguém, afinal, tem que quebrar os paradígmas dessa sociedade machista, para que se construa um mundo mais igualitário (não sei por que, mas me sinto tão filosófico hoje). E não, não é coisa de maricas.

Enfim, o fato é que cozinhar não é tão mal. Certo, é inegável que é, no mínimo, estranho ter que manusear objetos de formatos comprometedores, como cenouras, pepinos e coisas assim. Mas não é traumatizante. Afinal, homem que é homem sabe identificar e separar o que é e o que não é (com exceção do Ronaldo, claro).

E, além de tudo, é supimpa não ter que recorrer sempre ao Miojo quando estiver com fome. E é melhor ainda quando o resultado da mistura é algo reconhecível a olho nu. Dá até uma certa emoção, afinal, significa que estou virando um homem virtuoso e tal.

Aprendi, por exemplo, a fazer Strogonoff, panqueca, arroz, feijão… Enfim, também passo, lavo e enxugo se a pessoa quiser. E se não for suficiente, chuto o pau da barraca! Afinal, se ser um macho moderno não resolver, volto aos métodos antigos e pronto. Vai que marcar território ainda funcione…

E não, esse não é mais um post para promoção da minha pessoa, mas sim uma forma de me sentir tranqüilo em relação a uns hábitos estranhos que têm me atormentado ultimamente. Mas, de qualquer forma, estou atento às possibilidades que surgirem. Afinal, degustação humana é o objetivo.


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