Minha Primeira Vez (ou quase).

Eu já devo ter dito aqui antes, mas vale repetir: vida de homem é difícil. Tá, tudo bem que mulheres devem sofrer um bocado com uma porção de coisas, como depilação, peso, maquiagem, TPM… Não, TPM, não — quem sofre com isso somos nós. Enfim, por mais que mulheres tenham seus problemas, eu digo que homem sofre muito. E isso por um motivo básico: mulheres.

Mulher é algo que, por mais fodástico que o cara seja numa ciência qualquer, ele nunca, jamais, em hipótese alguma, conseguirá entender. Ou pelo não o suficiente para evitar brigas em época de TPM, para saber se é pra deixar ou não a tampa do sanitário levantada, se a toalha molhada pode ficar ou não em cima da cama e essas complexidades todas. Seja o que for, senti a maior crueldade feminina na infância, num período sobre o qual… é até difícil de falar… enfim, na minha primeira vez.

Acredite, até eu, com tanto sex appeal, know how e gostosura, já fui iniciante nessa arte. Enfim, eu lembro que, por toda a infância e adolescencia, aprendi que deveria ter calma, paciência e ser muito carinhoso com a mulher naquelas horas, muito mais se fosse a primeira vez dela. Já fui, desde logo, portanto, incentivado a ser um cavalheiro, a tratar a garota como uma rainha. Pobre garoto, mal sabia eu o que me esperava nesta vida.

E assim, com tudo isso em mente, numa noite qualquer, vi aquela garota. Eu com 14, ela com 19. 5 anos de diferença para acabar comigo. Eu bem devia ter percebido que a iniciativa devia ter sido minha. Vai ver me daria maior segurança, sei lá. Mas não. Pobre garoto inocente de interior, cheguei lá, na cama da garota, de algum modo para o qual não contribuí.

De qualquer jeito, eu estava gostando daquilo. Afinal, eu estava com uma mulher nua, e melhor, não era The Sims, Emanuelle ou algo do tipo… É, mas o pior é que o problema estava justamente aí. Quer dizer, eu nunca tinha estado com uma garota naquelas condições. Por precaução, fingi que sim. Bobagem. Não adiantou nada.

Quando a garota me fez homem (não acredito que escrevi isso hauhaua), o bicho pegou. Minha cabeça entrou em pânico. Pirei. Mentalmente, soltei um PQP com convicção. “Que p#rr@ é essa?” – pensei. Sério, eu havia esperado tanto por aquilo? Tantas noites de treinamento com Emanuelle por aquilo? Se me dessem um chute no saco naquele momento, eu estaria no lucro. Eu sentiria alguma coisa pelo menos. Porque, sinceramente, não senti NADA.

Entrei em colapso. E aquele pensamento, que não se deve ter JAMAIS nessas horas, veio. Acho que até abri os olhos de tanto pânico. Sem entrar em maiores detalhes, só digo que, depois daquela fatídico pensamento, os peitinhos da Hebe eram mais duros e firmes. Meus ativos caíram mais que a bolsa de Nova York durante a crise.

Foi uma realidade dura (mole, na verdade…) para a qual eu não estava preparado. Nunca me falaram sobre isso. Pensei que fosse algo que acontecesse, tão-somente, com pessoas velhas, não com um cara de apenas 14 anos. Pfff… Muitas coisas não foram escritas e nem ditas, eu devia saber. Mas enfim, tanto faz, estava acontecendo. E não tinha botão de reset, nem de excluir, bloquear ou algo do tipo. Era a realidade nua e crua. Quer dizer, nua e com um cara assustadoramente desapontada.

E aí, meu caro, foi o ponto crítico da minha existência masculina nesse mundo. Porque esse negócio de compreensão e de paciência não está em nenhuma revista feminina, livro ou coisa assim, acho. Ou não em alguma que aquela garota tivesse lido. Afinal, a cara que ela fez não passou nem perto disso. Fui simplesmente fuzilado mentalmente. Naquele momento, até Elton John se sentia mais macho, a propósito.

Depois disso, fiquei uns anos traumatizado. Mas, no entanto, com toda essa potência e disposição características, eu não poderia me deixar vencer.
Foi então que mudei meu foco.
Fui pra pista.
E ali nasceu a lenda. HAHAHA!

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