Solteiro sim, e daí?

Quando a gente tá sozinho faz tudo pra achar a solteiriçe a melhor coisa do mundo, né!?. Afinal, somos donos do nosso próprio nariz e o mundo é o limite. Na nossa cabeçinha, isso significa estar lendo uma revista numa cafeteira otima, dar de cara com uma pessoa maravilhosa, ela puxar assunto com você e elogia a beleza dos brasileiros (tipo com sotaque francês). Logo vocês se apaixonam, casam e vão morar em Nice (porque Paris é muito popular).
Infelizmente o mundo real dos solteiros não é bem assim. O café é na padaria do lado da sua casa (porque não tem nada na dispensa há semanas) e a pessoa mais perto da França é o português chato do seu trabalho. Jantares a luz de velas então, esquece. Vai camor a pizza de domingo na companhia da Glória Maria, que não é bem o seu ideal de par romântico.
Achou drama? Pois é assim mesmo. Estar solteiro tem um quê melancólico que a gente curte cultivar. Mas isso não significa que a gente é infeliz. Pelo contrário. Ser solteiro não é ser sozinho, é estar sozinho.
É aprender a curtir as coisas da vida por si só, ter auto estima de ir sozinho ver um filme, e a liberdade de não ter que voltar pra casa porque tá tarde, quando ainda são 4 da manhã. Ser solteiro é estar namorado de si mesmo. E como você é um cara bacana, sensível e bonito (sua mãe não mentiria sobre isso) namorar a si mesmo não é tão ruim assim.
Claro que a gente acaba fantasiando as coisas um pouquinho, mas o que que tem? Afinal, ter esse friozinho na barriga de achar que a nossa vida pode mudar na virada da esquina é justamente o que torna a vida da gente, os solteiros, a mais incrível das experiências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário